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Escárnio: Prefeitura culpa servidores por erros no ponto eletrônico

  • Foto do escritor: Sisempa
    Sisempa
  • 11 de abr. de 2019
  • 2 min de leitura

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Agressões gratuitas e desrespeito com os servidores virou uma espécie de marca da administração de Rafael Simões. Em janeiro, o município implantou um sistema de controle de ponto, que poderia até ser um avanço em termos de gestão, mas quatro meses depois, ele se mostrou desastroso, deixando de contabilizar frequência, horas extras e imputando faltas inexistentes aos servidores, que sentiram o prejuízo no contracheque, mês após mês.


Mas, para a Prefeitura, os descontos indevidos nos salários dos trabalhadores têm um único culpado: o servidor, "que não registra corretamente o horário de entrada e saída". A declaração foi dada em resposta a uma reportagem sobre o problema veiculada nesta terça-feira (10) pela EPTV, afiliada da Rede Globo no Sul de Minas.


A reportagem da emissora ouviu funcionários e o presidente do Sisempa, Leon Camargo. "Nós recebemos mais de 150 ligações em relação a esta questão; a Prefeitura afirmou que foram mais de 300 trabalhadores, porém, eu acredito que seja um número muito maior, pois a insatisfação quando nós estivemos juntos nos setores é muito grande", avaliou o presidente.


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Leon explicou que os servidores enfrentam enorme dificuldade para registrar o ponto e, quando conseguem, há casos em que o registro sai no nome de outra pessoa. Uma servidora que não quis se identificar, por medo de represálias da administração Simões, desabafa na reportagem: "Muitos já ficaram sem receber e, alguns, até o valor total do salário... não recebeu nada ou teve desconto de 200, 300 reais", afirmou.


Leon informou, também na reportagem, que foi até ao Ministério Público contra a Prefeitura. "O Ministério Público acionou a Prefeitura pedindo para que ela desse explicação, porém a Prefeitura afirmou que já tinha resolvido a situação e não resolveu", questionou.


Quando chegou a vez da Prefeitura se manifestar, a administração não se deu ao trabalho sequer de enviar um representante para falar pessoalmente com a reportagem, enviou uma nota breve, indiferente e repleta de escárnio.


Para a administração de Rafael Simões, se há algum problema com o registro de ponto a culpa é do servidor. "A culpa pelo não recebimento dos salários não é do ponto eletrônico, mas do servidor que não registra corretamente o horário de entrada e saída", diz a nota enviada à emissora de TV.


"A gente tira dinheiro do bolso para fazer muitas coisas na Prefeitura e ter que se deparar com isso, sabe? Com esse tipo de situação sem precedente na Prefeitura, sabe? O que veio para moralizar, desmotivou geral", resumiu outra servidores que também teve medo de se identificar e sofre represália.

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Greve Geral convocada para 24 de abril em Pouso Alegre

É por essas e por mais uma lista interminável de ataques aos servidores e, ainda, pela negativa da Prefeitura em abrir as negociações salariais da Data-base 2019 que o Sisempa e o Sipromag convocaram uma paralisação conjunta para o dia 24 de abril. "Será um dia de paralisação de todos os servidores da Prefeitura contra o autoritarismo da gestão Simões e pela abertura imediata das negociações da Data-base", afirma Leon.


A greve será marcada por ao menos dois atos ao longo do dia. O primeiro deles está programado para as 10h, na Praça João Pinheiro. Às 15h, haverá um novo ato em frente à Catedral Metropolitana. A movimentação termina com uma caminhada até à porta da Prefeitura.


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