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Prefeitura abre mão de R$ 1,3 mi para a Unilever, mas não quer nem pensar em reajuste para servidor

  • Foto do escritor: Sisempa
    Sisempa
  • 17 de abr. de 2019
  • 2 min de leitura


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Momento único: a que mais gera emprego e arrecada, dá isenção de R$ 1,3 milhão, mas nega dignidade aos servidores


Na sessão da Câmara desta terça-feira (16), os vereadores aprovaram isenção de imposto para a multinacional Unilever ampliar sua fábrica em Pouso Alegre. O projeto é de autoria da Prefeitura e prevê isenção de ISSQN no valor estimado de R$ 1,3 milhão até 2021.


A administração que abre mão de uma verba milionária para um grupo bilionário é a mesma que se queixa de dificuldades financeiras para dar reajuste aos servidores.


“Como o Sisempa já provou, o discurso da Prefeitura não passa de uma falácia. Há folga segura no orçamento do município para os reajustes de R$ 10% sobre os salários, R$ 70 no Cartão Alimentação e R$ 50 no Cartão de Natal”, avalia o presidente do órgão Sindical, Leon Camargo.

Ele lembra que o atendimento às modestas reivindicações dos servidores não terão impacto sobre o rigor fiscal pretendido pela Prefeitura. Segundo o dirigente, os gastos do município com a folha estão em torno de 42%. Se atender o pedido de reajuste da categoria, esse percentual vai para 46%, ainda muito longe do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é de 51,3%, e mais longe ainda do limite legal, de 54%.


Líder do governo se contradiz e afirma que situação financeira do município é ‘única’

Há 15 dias, o líder do prefeito na Câmara, o vereador Rodrigo Modesto, disse que o município estaria passando por uma espécie de calamidade financeira informal. Disse isso para defender a posição da Prefeitura de não abrir negociação salarial com os servidores.


Na sessão desta terça-feira (16), porém, o político parece ter mudado de opinião. No mesmo dia em que votou com seus colegas para isentar uma multinacional em R$ 1,3 milhão em impostos, o vereador disse o seguinte: “Pouso Alegre vive um momento único. É a cidade que mais emprega e a que mais arrecada”.


“Por essas declarações, podemos entender o seguinte: quando se trata do reajuste dos servidores, o município passa por uma ‘calamidade financeira informal’, mas quando se trata de isenção de impostos para uma multinacional, a cidade ‘vive um momento único’, é a que mais gera emprego e a que mais arrecada. O pior de toda essa distorção é aber que esta cidade que vive um momento único existe graças ao suor dos servidores, a quem é negado um reajuste de reposição salarial, que passa muito longe de isenções milionárias”, afirma Leon.
 
 
 

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