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Sem propostas para a economia, governo quer privatizar Correios

  • Foto do escritor: Sisempa
    Sisempa
  • 29 de ago. de 2019
  • 3 min de leitura

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A ausência de propostas para dinamizar a economia e devolver a dignidade a cerca de 13 milhões de brasileiros já é em sim uma catástrofe, mas o governo federal dá mostras de que não situação ruim que ele não possa piorar. Nos últimos dias, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou seu desejo de privatizar mais de uma dezena de estatais, entre elas os Correios.


Ao propor a venda dos Correios, cuja história carrega mais de três séculos de atuação no mercado, o governo federal também está prestes a entregar à iniciativa privada uma empresa hoje superavitária (após sucessivas crises fiscais) e, sobretudo, que se mantém como única fonte que conecta as regiões mais afastadas aos grandes centros urbanos do país.


Presente em todas as cidades brasileiras (são 5570) e considerada a instituição pública mais confiável pela população por diversas vezes, a empresa fundada durante o Império foi e ainda é a única alternativa para enviar e receber encomendas, pagar contas e emitir documentos de milhões de brasileiros e brasileiras espalhados por uma área de mais de 8 milhões de quilômetros quadrados. É, para muitos, a marca maior da expansão territorial do país.

“Os Correios auxiliam também na fonte de renda de milhares de pequenos produtores que vivem longe das capitais. Sem o serviço de envio e entrega, muitos desses trabalhadores e trabalhadoras do país ficarão isolados e podem ser levados à pobreza e à miséria. Isso sem contar os mais de 100 mil colaboradores da empresa que certamente terão dificuldades de manterem seus empregos caso a privatização se confirme”, avalia Fabio Souza de Oliveira, analista de Correios Jr,


"Se a empresa acumulou prejuízos entre 2013 e 2016, é preciso lembrar que, nesse mesmo período, cerca de R$ 6 bilhões foram retirados dos cofres dos Correios pela União. Argumentos favoráveis à medida desconsideram que os Correios são uma empresa independente financeiramente. A verdade é que, há mais de 350 anos, é a única responsável pelo serviço postal e também pela integração nacional. O que poucos também sabem é que o monopólio é essencial para que a empresa consiga atender a todas as regiões, garantindo a universalização do serviço postal", explica Marcos Cesar Alves Silva, vice-presidente da Associação dos Profissionais dos Correios.


Trabalhadores do ECT ameaçados

O anúncio, talvez não por coincidência, ocorreu no mês em que ocorre o dissídio da categoria, que está em plena campanha salarial. A direção da empresa, presidida por um general, se recusa a negociar com os representantes da categoria a ponto de que a campanha salarial foi parar no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Na realidade, como já é conhecido dos trabalhadores, o TST atua em favor dos patrões, e foi o que ocorreu.

Diante da greve iminente da categoria, uma manobra do TST, que prorrogou o Acordo Coletivo para o próximo dia 31, fez com que os sindicalistas aceitassem adiar a greve, que agora está marcada para o dia 3 de setembro. As assembleias para a aprovação da greve na maioria dos sindicatos estão marcadas para esta quinta-feira, dia 29.


A sanha entreguista de Guedes

E os Correios não é a única empresa sob a mira entreguista do governo. "Vamos acelerar as privatizações”, disse Guedes, que continuou: “E nós achamos que vamos surpreender. Tem gente grande aí que acha que não será privatizado e vai entrar na faca". "Ano que vem tem mais", disse animado como se vender o patrimônio nacional fosse a notícia mais esperada pelos trabalhadores, trabalhadoras e toda a sociedade brasileira.

Para enfrentar o projeto de entrega do patrimônio público, será lançada em 4 de setembro, durante seminário na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar e Popular em Defesa da Soberania Nacional.


Veja abaixo a lista das empresas que Bolsonaro pretende vender ou extinguir:

Emgea (Empresa Gestora de Ativos);

ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias);

Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados);

Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social);

Casa da Moeda;

Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo);

Ceasaminas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais);

CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos);

Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.);

Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo);

EBC (Empresa Brasil de Comunicação);

Ceitec (Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada);

Telebras

Correios

Eletrobras

Lotex (Loteria Instantânea Exclusiva);

Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo).

 
 
 

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