Sindicato vai entrar com Ação Civil Pública contra extinção da Guarda

Se a Prefeitura dá o caso da Guarda Municipal por encerrado, ela se engana. Após aprovação do projeto de lei que extingue a corporação na noite desta terça-feira (26) na Câmara de Vereadores, o presidente do Sisempa, Leon Camargo, avisou: o órgão vai mover um processo de Ação Civil Pública contra a medida da Prefeitura.

Além de apontar os próximos passos do sindicato na defesa dos servidores, Leon criticou a forma obscura com que o projeto de lei foi posto para votação. Para pegar a categoria de surpresa, o líder do prefeito na Casa, Rodrigo Modesto (PTB), entrou de última hora com um requerimento pedindo a inclusão do projeto de lei na pauta da sessão e, ainda, pediu que a matéria fosse aprovada em única votação. Tudo feito às escuras.

"É importante nós relatarmos a crueldade, a perversidade desse projeto. Infelizmente um projeto que sequer estava na pauta foi colocado para votação demonstrando a insensibilidade e a falta de humanidade com esses trabalhadores", desabafou Leon após a sessão desta terça (26).

A clara manobra para evitar que a categoria se mobilizasse pegou os guardas de surpresa, afinal o projeto de lei não constava na pauta liberada para consulta no site da Câmara. Ainda assim, pelo menos 25 servidores, além do presidente do sindicato, conseguiram acompanhar a votação e deixaram registrados seus protestos.

"Nós vamos entrar com essa ação contra esta medida que está eivada de ilegalidades", garante o presidente do sindicato, Leon Camargo. Segundo ele, o órgão vai se reunir com os guardas em assembleia para definir outras ações. Ele lembrou que a categoria está em 'estado de greve', declarou o Leon ao final da sessão.

Confira a declaração do presidente sobre os próximos passos em defesa dos servidores da Guarda: